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Povo dos Estados Unidos

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 Nota: "Americanos" e "Norte-americano" redirecionam para este artigo. Para outros significados, veja Americano, Americana ou América do Norte.
Americanos, estadunidenses, estado-unidenses ou norte-americanos
Bandeira dos Estados Unidos
Mapa da diáspora estadunidense ao redor do mundo.
População total

331,4 milhões[1]
Censo dos Estados Unidos de 2020

Regiões com população significativa
 Estados Unidos 333 287 557 (estimativa, 2022)[2]
 México ~ 738 mil[3]
 Canadá ~ 688 mil[4]
Filipinas ~ 250 mil[5]
 Reino Unido ~ 224 mil[6]
Libéria ~ 160 mil[7]
 França ~ 100 mil[8]
 Israel ~ 100 mil[9]
 Alemanha ~ 99 mil[10]
 Brasil ~ 260 mil[11]
 Hong Kong ~ 60 mil[12]
 Austrália ~ 56 mil[13]
 Japão ~ 52 mil[14]
Costa Rica ~ 40 mil[15]
 Noruega ~ 33 mil[16]
Líbano ~ 25 mil[17]
 Nova Zelândia ~ 17 mil[18]
Línguas
inglês (predominante) e espanhol
Religiões
Protestantismo, catolicismo, judaismo, islamismo, budismo e outras religiões
Grupos étnicos relacionados
Descendentes principalmente de colonizadores britânicos (Ingleses, escoceses, irlandeses e galeses), imigrantes africanos (principalmente povos oeste-africanos como os nigerianos, senegaleses e beninenses), europeus (principalmente de alemães, italianos, irlandeses), hispano-americanos (principalmente mexicanos, cubanos e porto-riquenhos), asiáticos (chineses, vietnamitas, filipinos, indianos, coreanos e japoneses), judeus (asquenazes e sefarditas) e povos indígenas norte-americanos. Existem diversas pequenas comunidades de imigrantes recentes no país (como portugueses, brasileiros, russos e sul-africanos).

Americanos ou norte-americanos, também denominados no Brasil por estadunidenses ou estado-unidenses,[19][20][21][22][23] são os cidadãos nascidos ou naturalizados nos Estados Unidos da América.[24] O país é o lar de pessoas de diferentes origens nacionais. Como resultado disso, não equacionam a sua nacionalidade com a etnia, mas com a cidadania.[25][26] Com exceção da população nativa, quase todos os americanos ou os seus antepassados ​​imigraram para o país nos últimos cinco séculos.[27]

Apesar de sua composição multiétnica,[28][29] a sua cultura é exercida em comum pela maioria dos americanos, como uma cultura ocidental em grande parte derivada das tradições de imigrantes europeus ocidentais.[28] Ela também inclui influências da cultura afro-americana.[30] A expansão para o oeste integrou os crioulos e cajuns da Louisiana, os hispânicos do sudoeste e trouxe um contato próximo com a cultura mexicana. A forte imigração no final do século XIX e início do século XX a partir da Europa meridional e Oriental introduziu uma variedade de elementos. A imigração proveniente da Ásia, África e América Latina também teve impacto. A expressão "caldeirão cultural" descreve a maneira como as várias gerações de americanos celebram e trocam distintas características culturais entre si.[28]

Além do país de origem, americanos e pessoas com ascendência podem ser encontradas morando em outros países pelo mundo. Estima-se que cerca de três a sete milhões estejam vivendo no exterior e compõem a diáspora americana.[31][32][33]

Ver artigo principal: Uso da palavra americano(a)

O termo "estadunidense" é aceito por vários dicionários como sinônimo de americano ou americano-do-norte.[19][34][35][36] O uso de termos como "americano" e "norte-americano" é às vezes criticado por algumas pessoas por ser considerado inexato ou inadequado.[37][38] Argumenta-se que o termo americano seria utilizável apenas quando relativo a toda a América; e que associação do termo norte-americano apenas com EUA seria depreciativa com os cubanos, mexicanos, canadenses, gronelandeses, são-pedrenses ou bermudenses, embora mesmo os canadenses chamem seus vizinhos do sul de americanos.[39][40]

Este tipo de crítica, porém, eventualmente envolve uma abordagem politizada, calcada em argumentos linguísticos e onomásticos, caracterizada como uma "tomada de consciência" perante as constatações citadas acima, como deixa claro a linguista e professora Florence Carboni,[41] em sua crítica ao uso do termo "americano" como sinônimo de estadunidense:

"A categoria "estadunidense" não constitui tentativa esquerdista de riscar do mundo da linguagem e dos vivos a população daquela grande nação, como já assinalado. Trata-se apenas de pequena tomada de consciência e restauração da legalidade lingüística e simbólica dos direitos políticos e materiais dos povos oprimidos da América."[38]

Outros estudiosos, como o geógrafo, professor e especialista em geopolítica Demétrio Magnoli, consideram o uso da expressão "estadunidense" como uma tentativa de depreciação e retaliação ao povo dos Estados Unidos e associa o uso da palavra a sentimentos de antiamericanismo, provocado por ideologias de esquerda.[42]

"Eles eram americanos, foram rebaixados a norte-americanos e hoje não passam de estadunidenses. Os arautos do antiamericanismo querem extirpar a América do nome dos EUA, reduzindo-os à descrição anódina do seu sistema federal."[42]

Composição étnica

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Ver artigo principal: Demografia dos Estados Unidos
As principais ascendências étnicas dos habitantes dos Estados Unidos

Os Estados Unidos têm uma população muito diversificada: 31 grupos étnicos têm mais de um milhão de membros. Os americanos brancos são o maior grupo racial; descendentes de alemães, irlandeses e ingleses constituem três dos quatro principais grupos étnicos do país. Os afro-americanos são a maior minoria racial da nação e o terceiro maior grupo étnico.[43][44] Os asiático-americanos são a segunda maior minoria racial do país; os dois maiores grupos étnicos asiático-americanos são chineses americanos e filipinos americanos.[43] Em 2008, a população americana incluía um número estimado de 4,9 milhões de pessoas com alguma ascendência de nativos americanos ou nativos do Alasca (3,1 milhões exclusivamente de tal ascendência) e 1,1 milhão com alguma ascendência de nativos do Havaí ou das ilhas do Pacífico (0,6 milhão exclusivamente).[44] De acordo com o censo de 2010, os hispânicos já são mais de 50 milhões nos Estados Unidos.[45]


Grupos raciais nos Estados Unidos (censo de 2020; inclui declaração racial de hispânicos)[46]

  Brancos (61.6%)
  Negros (12.4%)
  Multirraciais (10.2%)
  Outros grupos raciais (8.4%)
  Asiáticos (6.0%)
  Ameríndios (1.1%)
  Nativos de ilhas do Pacífico (0.2%)


O crescimento populacional dos hispânicos e latino-americanos é uma grande tendência demográfica. Os 46,9 milhões de americanos de ascendência hispânica[44] são identificados como uma etnia "distinta" pelo Census Bureau; 64% dos hispano-americanos são de origem mexicana. Entre 2000 e 2008, a população hispânica do país aumentou 32%, enquanto a população não hispânica cresceu apenas 4,3%.[44][47] Grande parte deste crescimento populacional vem da imigração. Em 2007, 12,6% da população era constituída por indivíduos nascidos em outros países, 54% deles na América Latina.[48] A fertilidade é também um fator importante; o número médio de filho por mulher latino-americana (taxa de fecundidade é de três, de 2,2 para as mulheres não hispânicas negras e 1,8 para as mulheres não hispânicas brancas (abaixo da taxa de substituição populacional, que é de 2,1). Minorias (conforme definido pelo Census Bureau, ao lado de todos os não hispânicos, não multirraciais brancos) constituem 34% da população. Estima-se que os "não brancos" constituirão a maioria da população em 2042.

Por volta de 1/3 dos americanos brancos possuem ancestralidade africana, de acordo com um estudo autossômico de 2003. A média de contribuição africana para esse 1/3 da população branca americana ficou em 2,3%, mas havendo variações individuais em que a contribuição africana chega a até mais de 20%. Levando-se em conta toda a população branca americana, a média de contribuição africana cai para o valor pequeno de 0,7%.[49] Já em um estudo de 2010, concluiu-se que apenas 5% dos que se identificam como afro-americanos possuem ancestralidade africana superior a 95%. 27% dos afro-americanos teriam ancestralidade africana inferior a 60%. 52% dos americanos brancos (a maioria, portanto) teriam ancestralidade europeia inferior a 95%. De acordo com outro estudo, americanos que se autodeclararam como de ascendência europeia revelam ancestralidade europeia, em média, de 93,20%. Afro-americanos, ancestralidade africana de 86,20% (com variações individuais de 47,82% a 98,50% no caso dos afro-americanos).[50] Os brancos americanos são maioria entre os norte-americanos que possuem idade superior a 65 anos (80% da população com idade superior a 65 anos). Entre os recém-nascidos, porém, os "não brancos" (negros, latinos, asiáticos, etc.) predominam e já ultrapassaram os brancos, de acordo com notícia divulgada em junho de 2011.[51][52]

Já em 2014, 50,3% dos alunos pertencem a segmentos "não brancos" (latinos, afro-americanos, asiáticos, indígenas, etc.).[53]

Religião nos Estados Unidos (2020)[54]

  Protestantismo (42%)
  Catolicismo (21%)
  Mormonismo (2%)
  Sem religião (29%)
  Judaísmo (1%)
  Islã (1%)
  Hinduísmo (1%)
  Budismo (1%)
  Outras religiões (2%)
  Sem declaração (1%)

As religiões mais seguidas nos Estados Unidos são as que se denominam cristãs, sendo as protestantes as com maior número de seguidores. Sendo uma ex-colônia britânica, seria natural esse dado; no entanto, a Igreja Anglicana perdeu posições como a religião com maior número de devotos no país, representando atualmente algo em torno de 1,5%. As igrejas Batista (25,3%), Pentecostal (8,9%), e Luterana (5,1%) são as religiões protestantes mais praticadas, seguida pela para-protestante Mórmon (4,1%). Apesar da maior parte da população estadunidense declarar-se protestante, todavia, a Igreja Católica ainda é a religião que, sozinha, possui o maior número de fiéis, com 44,3% da população.

Ressalta-se que, no geral, os Estados Unidos, assim como boa parte do Novo Mundo, representou um porto-seguro para devotos de religiões outras que não a católica, fugidos principalmente durante a Inquisição.[carece de fontes?] Dentre esses, destacam-se os judeus, representando 1% dos devotos estadunidenses. Depois, temos budistas (0,9%) e muçulmanos (0,6%).

O número de estadunidenses que se declaram ateus ou agnósticos, representa em torno de 4% da população, conforme tabela do Pew Research Center, 2008.[55]

Um dado relevante define que a identidade de um povo é sua língua; no caso dos estadunidenses, não há oficialmente uma língua definida para todo o território nacional, sendo adotados diferentes idiomas, conforme cada estado-membro da federação. Reconhece-se, todavia, que o inglês seja o principal idioma, falado como língua nativa por 82% da população dos Estados Unidos.[carece de fontes?] O castelhano é o segundo idioma mais falado, utilizado por 13% da população, sendo o quinto maior país de fala castelhana (atrás de México, Espanha, Argentina e Colômbia).[carece de fontes?] O terceiro, e bem mais abaixo, é o chinês, falado por 0,61%, seguido de perto pelo francês, alemão e filipino.[carece de fontes?] As línguas indígenas são faladas, no geral, por grupos específicos, sendo o Navajo o principal idioma.

Alguns estados definem-se como bilíngues ou mesmo multilíngues, oficialmente definindo ou não os idiomas. Estados como a Califórnia, por exemplo, já publicam os documentos públicos em oito idiomas diferentes, refletindo a relevância da população imigrante.

Referências

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  2. «Population Clock». United States Census Bureau 
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  7. ibid, Ancestry (full classification list) by Sex
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  14. "Americans living in Costa Rica"
  15. «YES, YOU CAN AFFORD TO RETIRE IN COSTA RICA». Suddenly Senior 
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